Rumo ao diagnóstico

Desde que me entendo por mãe, observo meus filhos com olhos de águia. Sempre em busca de antever algum problema para ir atrás do tratamento adequado.
Em todos estes anos, apenas eu observava que havia algo diferente com relação ao desenvolvimento motor, uma certa falta de equilibrio, um molejo do corpo, falta de firmeza nas mãozinhas, coisas do gênero. Porém, como sou excessivamente preocupada, muitas vezes chegava a conclusão de que era coisa da minha cabeça. O meu marido muitas vezes me falava isso.
Pois bem, nos últimos tempos, com os tiques motores e vocais a situação se tornou perceptivel demais para negá-la.
Mas por onde começar?
Um dia, conversando com a minha psicóloga, ela cogitou hipotonia.
Chegando em casa, meu marido pesquisou a respeito e terminou caindo no site da ASTOC (www.astocst.com.br) e quando começou a ler a respeito da Sindrome de Tourette (ST) identificou as características do nosso filho com as informações ali contidas. A partir daí nos preocupamos. Meu Deus, o que é isso, será mesmo essa síndrome? O que vamos fazer?

Quando pesquisamos no site da ASTOC, terminamos nos informando que havia uma psiquiatra desbravadora, especialista em ST, era final de semana, consegui contactá-la por email e agendar uma consulta para aquela semana. A ansiedade em querer resolver era absurda, mas depois, entendi que dar "nome aos bois" é apenas o início do caminho e se eu não controlar a minha ansiedade, será pior para todos nós e principalmente para o meu filho.

Na consulta, a psiquiatra Dra. Ana Hounie, deu o diagnóstico, após conversar muito conosco e com ele, examiná-lo atentamente, transmitindo uma segurança impar, o que tranquilizou a todos, mas confesso que nos dias que se passaram, perdi o chão. Já passei por perdas doloridas na minha vida, mas desta vez, foi diferente. Um misto de angústia, insegurança, medo, me inundou.
Graças a Deus, depois de um mês, passou.
O que ajudou a fazer passar?
Conversar bastante sobre o assunto, conversar com a minha terapeuta, e sem dúvida, o entendimento sobre do que se tratava, a pesquisa, sobre como lidar com isso, e a coragem, muita coragem para lutar e o apoio total do meu marido, da escola (professora e diretora) e da nossa babá, que cuidou dele desde bebê e cuida de todos nós até hoje, graças a Deus.

A Dra. Ana, publicou um livro específicamente sobre o assunto, Tiques, TOC, Tourette, completissimo, muito interessante, um verdadeiro manual seguro.
Comprei, demorei para tomar coragem para iniciar a leitura, mas agora aos poucos estou desbravando, primeiro sobre os depoimentos, na sequência sobre a parte educacional e agora sobre as medicações, e é nesse ponto que a coisa complica para nós leigos: medicar ou não? Eis o dilema.

2 comentários:

  1. Acho importante medicar sim! O medicamento é uma muleta que ajuda a dar equilibrio na caminhada, quando necessario. Um bom especialista sabe das necessidades e de quanto um medicamento pode auxiliar.
    Paz e boa sorte para vocês. Que Deus ilumine

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    1. Concordo que com responsabilidade, a administração da medicação prescrita por um especialista pode mudar o rumo de uma história.
      Obrigada.

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