REMISSÃO DOS TIQUES APÓS 20 DIAS DA CRISE

A aproximadamente 20 dias após o retorno de viagem, tendo voltado à puxada rotina, meu filho está infinitamente melhor, quase sem apresentar os tiques, sem andar torto, com mais força nas mãos, menos ansioso, mais atencioso, focado e mais tranquilo.

Me pergunto, quais são efetivamente os fatores que fazem a diferença entre se colocar em uma crise de ansiedade e estar fora dela? 
Sim, porque ANSIEDADE em sí, não consiste em uma resposta e sim, o "Conjunto de Elementos" que propiciam chegar à ANSIEDADE adicionados à produção químico neurológica em desequilíbrio. 
Mas, quais são os fatores que constituem este "Conjunto de Elementos" que podem levar à instabilidade relatada por mim no Post anterior?

Acho que temos alguns elementos, que atuam como fatores intensificadores da ANSIEDADE:

. ESTÍMULOS SENSORIAIS:  na viagem, meu filho esteve intensivamente exposto a vídeos 3 e 4D; visitas a locais com muitas pessoas, barulhos, sons de eletrônicos, calor em excesso. Aqui em nossa cidade, este volume foi reduzido a poucas horas de TV, vídeo game/celular só 2 horas por dia restritos aos sábados e domingos; passeios a lugares mais vazios, com menos estímulos.

. ALIMENTAÇÃO:  quando retornamos para casa, a alimentação voltou ao habitual, carne de boi ou frango cozidos, legumes ao vapor, arroz, feijão, frutas e o mínimo de industrializados, doces, biscoitos e chocolates possível. Houve nítida redução de gorduras de origens vegetal e animal. O aspecto bom, é que meu filho não gosta de refrigerante e por isso nunca os consome.

. EXERCÍCIOS FÍSICOS:  na Disney, andávamos pelo menos 5km por dia, aqui em nossa cidade, meu filho pratica 2 vezes por semana FUTSAL, 1 vez por semana TÊNIS, além das 2 aulas de EDUCAÇÃO FÍSICA por semana na escola. E ainda nos finais de semana, costuma jogar tênis ou futebol com o irmão gêmeo e o pai.

. TERAPIA E RELAXAMENTO:  1 vez por semana, meu filho faz terapia com a psicóloga Maria Helena Komino, que prioriza o tratamento para o desenvolvimento motor fino e o ensina a fazer Relaxamento para que ele o pratique em momentos nos quais se sentir ansioso.

.  ROTINA: As atividades do nosso cotidiano são intensas, mas previstas dentro da programação. Não tenho dúvidas, que o fator ROTINA, é importante para ajudá-lo a manter o equilíbrio, através da possibilidade de se programar, de tentar se organizar, dentro das suas possibilidades e da presença constante de falta de atenção. A falta de ROTINA causa uma desorganização interna, percebo.

Por estas informações, dá para se fazer um comparativo e verificar quais fatores efetivamente mudaram entre as férias e o retorno à rotina.

Há um fator que me intriga, a ALIMENTAÇÃO. 
Suspeito que algo na mudança da dieta, altera a neurotransmissão. 
Lí recentemente sobre o "glutamato", por exemplo, em uma matéria da revista "Super Interessante", que diz a respeito da influência desta substância na neurotransmissão. Esta substância é, segundo a revista, neurotransmissora, a qual poderia atuar na intensificação da ansiedade. 
Em quais alimentos há a presença desta substância, evitá-los ou reduzir seu consumo, pode ser um caminho para a redução da ansiedade e por consequência a redução dos tiques vocais e motores e outros sintomas?
Alimentos como o chocolate, o café, refrigerantes à base de cola, são conhecidos como estimulantes, quem é portador da ST, deve evitá-los? Sim, somos orientados pela psiquiatra a evitá-los. Sim, a dieta é importante.
Sim, gostaria de descobrir o quê. Há algo na alimentação que realizamos nesta viagem, que acredito também ter influenciado de forma importante nas reações neuropsicomotoras experimentadas por meu filho, dentro do quadro da ST.

Contudo, aliviada e respirando mais tranquilamente neste momento, sim, porque são momentos de altos e baixos, já se sabe, vamos em frente, um dia por vez.

Segue o link da matéria citada da Revista "Super Interessante", a quem possa interessar:

http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-como-desligar-a-ansiedade



DISNEY - UM MUNDO DE ESTÍMULOS, EXAUSTÃO QUE NOS FAZ CONHECER OS LIMITES QUE TODOS DEVERÍAMOS PERCEBER ANTES DE ULTRAPASSÁ-LOS

Disney, ah...a Disney! Há anos meus filhos queriam conhecê-la. Neste ano, tomamos coragem e os levamos nestas férias.
A ansiedade tomou conta dos meus dois filhos 20 dias antes da viagem, quando contamos à eles que iríamos para lá.
Já sabíamos dos estímulos, principalmente visuais que encontraríamos por lá.
A atividade cerebral na Disney não é a mesma que no nosso dia-a-dia, algo que nos parece óbvio, porém se formos alguma outra vez para lá, tomaremos cuidado especial em termos de diminuir o ritmo, mesmo que pareça que já está tranquilo, porque algo saiu além do esperado, ainda não consigo detectar exatamente o quê. Mais me parece que foi o todo, o conjunto, este foi o vilão.
No avião foi tudo mais tranquilo do que nas últimas viagens, meu filho não sentiu falta de ar, ficou mais relaxado, quando esteve mais tenso, fez o exercício de respiração que a Maria Helena ensinou à ele, o que funcionou muito bem e o acalmou todas as vezes (o exercício consiste em: inspirar devagar e profundamente durante pelo menos 5 segundos, expirar também contando nos dedos durante mais 5 segundos, repetir a dose por mais algumas vezes até se acalmar e relaxar).
O que houve, foi que meu filho começou a ter tiques muito fortes e seguidos (em sua maioria tiques motores), desta vez, os tiques também contribuiram para que ele ficasse exausto. Imagine você em suas atividades habituais, agora acrescente a sensação de tiques motores pelo corpo todo durante todo o dia e ainda acrescente estar andando, andando e andando pelos parques, acrescente ainda o tumulto de centenas de pessoas, barulhos, gritos, sons, movimentos, luzes, atenção em seus pais e irmão, atenção, atenção, ...tensão pura, que vai além da diversão.
Má alimentação. Não pulamos nenhuma refeição, mas a comida em Orlando é muito ruim. Com relação ao ferro (muito importante, contribui para atenuar os tiques). Aqui no Brasil, ele come feijão todos os dias. Lá fora não comeu seu feijão habitual, e mesmo mantendo a suplementação com as vitaminas diariamente (eu não tinha me atentado a este detalhe), meu filho ingeriu menos ferro que o habitual/necessário, isso pode também ter sido um fator importante no aumento dos tiques.
A maior preocupação, veio quando além dos tiques habituais e já exacerbados, ele começou a andar meio pendurado em nossos braços, andando com o corpinho mole, meio que arrastando os pés para dentro, encolhendo os bracinhos, mas consciente, porém abatido. Como ele não tem mais peso para conseguirmos carregá-lo, íamos apoiando ele do jeito que dava, segurando parte do peso dele.
Percebemos o maior stress, quando lá pelo 8º dia, à noite, ele estava com espasmos (tiques) pelo corpo inteiro, sem parar. Chegamos no quarto do hotel e o pai fez massagem no corpo dele, conseguindo que ele fosse diminuindo os espasmos até que ele relaxasse.
Conversei com a psicóloga Maria Helena e com a Dra Ana Hounie e elas concordaram que devíamos levá-lo ao neurologista para que fosse realizada uma avaliação neurológica, para que fosse verificado se ele estava com alguma outra questão que merecesse cuidado e tratamento.
O levamos no último sábado, no Dr Fernando Kok, ele e a Dra Fernanda o avaliaram e descartaram qualquer outro problema neurológico, graças à Deus! Que alívio! Voltei a sorrir.
Conclusão: quando se tratar de Tourette e for submetido à muitos estímulos, não entre de cabeça, vá com mais calma, mais devagar e o mais suavemente possível, porque apesar da mente se sentir bem disposta, o corpo não perdoa, ou melhor, o corpo é um mecanismo inteligente que entra em "pane" quando está no limite, por pura segurança, para não "quebrar", todos devemos aprender a ir mais devagar, com calma, relaxado, é um exercício que devemos praticar "todos os dias das nossas vidas" com Tourette ou não.
Vá à Disney, há muito o que curtir por lá, mas vá em ritmo lento, descanse o equivalente ao período de atividade, desse modo, em equilíbrio, ficará bem, sem problemas.
Abraços.



REIKI - EFEITO SURPREENDENTE

A ST (Síndrome de Tourette) é intermitente, se apresenta em altos e baixos, dependendo dos níveis de ansiedade, espectativas, descanso, ten...